quarta-feira, 17 de junho de 2009

Mensagem de Loures

Ponto final... Parágrafo... E prossiga!

Caro Mário...

Agora que tudo terminou, passei a pente fino tudo o que foi escrito neste seu blogue, que considero extraordinário a todos os títulos, como aliás já tinha tido ocasião de o referir. Não pude deixar de ler, logicamente, a sua apreciação à decisão do Conselho de Justiça e que, como era de esperar, coloca a cereja no topo de um bolo estragado por quem o confeccionou...
Tanta gente prejudicada por um erro da Naval e posteriormente por uma sucessão de barbaridades pedagógicas do Conselho de Justiça. Não foram apenas o Loures e o Vigor... foram cerca de 22 equipas que estiveram dois meses à espera daquela decisão "exemplar" (como será daqui para a frente?). Dessas 22 equipas, 1 delas (Loures), teve de fazer 8 jogos, em 30 dias, outras 3 (Alverca, Lusitano e Naval) no mesmo período de tempo realizaram 6 jogos, mas a Naval, disso não tem culpa, claro!
As fases de manutenção que comportaram 9 equipas (série C) e 8 (série D), estiveram a jogar até agora. Foi de facto muita gente prejudicada, pela decisão tomada em relação à falta de tomada [eléctrica]. Mas que podemos nós fazer? Já é bom podermos ter opinião e ser livres de a exprimirmos.
Desejo que o meu amigo mantenha sempre a mesma linha de conduta, que defenda os princípios que cultiva e passa para os seus filhos. Conheço o João Afonso e dele guardo uma imagem de um grande homem, humilde, bom atleta, bom jogador e muito bem educado; que ele siga com total êxito o rumo que escolher e, quem sabe, possa conciliar as coisas, por forma a poder continuar a passear classe pelos relvados (já será senior e por isso, mesmo que vá jogar à Naval, fá-lo-á no Estádio José Bento Pessoa e não em cima de rocha, ligeiramente disfarçada com areia).
Por mim, agradeço tudo o que pude ler e acompanhar através do seu blogue e acredite que o fiz sempre com muita satisfação.
Agora... Ponto final... Parágrafo...
E prossiga!

Grande abraço
João Lino

E como digo aos meus jogadores, imediatamente antes de entrarem para o campo... TOU CONVOSCO.
Bem-haja.


RESPOSTA À MENSAGEM
Estimado João Lino,
Agradeço-lhe as palavras que enviou, bem como a atenção que dispensou aos blogues do Vigor nos últimos dois anos.
É gratificante verificar que, no meio da competição, ainda há quem tenha a serenidade de colocar outros valores acima do resultado de qualquer jogo. Apesar de estar em minoria (como pude verificar ao longo destes 11 anos...), creio que o Desporto continua a ser uma escola de valores, mesmo quando o que vivemos são situações contrárias a esta filosofia.
O que aconteceu neste último campeonato também serve para os jovens aprenderem. Durante a vida serão certamente confrontados com situações de injustiça, de atropelo, de "chico-espertismo". O que agora viveram será como que uma "carapaça" para enfrentarem essas situações com outra força.
Desejo-lhe os maiores sucessos pessoais e profissionais. E peço-lhe desculpa por algum "excesso", porque não sou perfeito.
Outro grande abraço,
Mário Martins

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ponto final

Este blogue "abriu as portas" a 5 de Setembro do ano passado.
Hoje, mais de nove meses depois, chega ao fim.
Está concluída a missão: ser útil. Servir.
Se o tiver conseguido, terei atingido o objectivo a que me propus.

NOTAS FINAIS
1. Agradeço os contributos do técnico do Loures e do dirigente do Linda-a-Velha, que contribuíram para criar aqui no blogue um espaço alargado (também geograficamente) de diálogo e de partilha de opiniões e de experiências. O mesmo agradecimento a quantos enviaram comentários.
2. Retribuo as palavras simpáticas que "meia dúzia" (talvez menos) de pessoas me dirigiram a propósito do trabalho desenvolvido no blogue.
3. Não posso deixar de fazer um público e reconhecido agradecimento ao Futebol Benfica que, com elevado desportivismo, permitiu que o meu filho - que estuda em Lisboa - treinasse durante toda a época e, deste modo, pudesse jogar na "minha equipa". O agradecimento pessoal seguirá em breve.
4. Convido todos os visitantes deste blogue a continuarem a acompanhar o que escrevo (também sobre Desporto, por vezes...) n'A Página do Mário.
5. Desejo os maiores sucessos a todos quantos, ao longo destes 11 anos, fizeram parte da "minha equipa". Por favor, sejam felizes!

Foto oficial da época


Clique na imagem e deixe-a "abrir". Depois copie-e para o computador, para uma "pen" e dirija-se a uma loja de fotografia. Mande imprimir no formato 20x30 em papel brilhante e... ficará com um pequeno "poster" para mais tarde recordar por cerca de 2 euros.
(Se preferir, também a pode mandar imprimir no formato 10x15).

Abraço especial


Começaram a jogar juntos na 1.ª classe, na escola primária, no "futebol do recreio". Jogaram juntos oito anos na Académica. Voltaram a encontrar-se nestas duas últimas épocas no Vigor.
Na quarta-feira - no final do jogo, do campeonato e, provavelmente, das suas "carreiras futebolísticas" - o abraço entre o João Afonso e o João Barreto, após todos estes anos a vestir as mesmas camisolas, deve ter tido um significado muito especial.
Para mim, pelos menos, que os que tenho visto crescer lado-a-lado, teve um significado enorme.

Fotos do último jogo

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Recorte e classificação final

("Diário As Beiras" de 11 de Junho)

CLASSIFICAÇÃO FINAL

"CLASSIFICAÇÃO" DA 2.ª FASE

(clique nas imagens para ampliar)


O "Diário As Beiras" merece uma palavra de aplauso por, regularmente, ter acompanhado os jogos disputados em Fala e um ou outro (Lousã e Castelo Branco, designadamente) dos jogados em terrenos adversários.

No entanto, nesta 2.ª fase publicou sempre a classificação errada, apesar dos vários alertas, já que não considerou que as equipas partem com metade dos pontos conquistados na 1.ª fase. Assim, a classificação apresentada nas páginas do "Diário As Beiras" não é a classificação oficial, mas apenas uma tabela elaborada apenas com os resultados dos jogos da 2.ª fase. Publico-a hoje porque permite ter uma ideia do desempenho das várias equipas neste mini-campeonato.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Derrota a terminar

A minha equipa perdeu hoje, por um golo solitário, com o Benfica de Castelo Branco.
Os albicastrenses marcaram logo aos 2 minutos, na sequência de um pontapé de canto. Foi aquilo a que se pode chamar um "golo (quase) impossível", aproveitando um mau alívio de bola.
O jogo foi sempre muito disputado e ambas as equipas poderiam ter marcado. Assim, o resultado mais certo teria sido o empate.
Realce-se a entrega de todos os jogadores, que se bateram com grande dignidade até ao último minuto. Os visitantes, mais fortes e mais rápidos sobre a bola, conseguiram guardar a vantagem, que lhes permitiu evitar a descida de divisão.
Depois de Lousanense, Rio Maior e Marinhense terem sido despromovidos em jornadas anteriores, hoje a "fava" saiu ao Portomosense, que perdeu em casa por 1-0 com o Fátima... no último minuto! O empate bastava para o Portomosense evitar a despromoção aos campeonatos distritais.
O Vigor - que alinhou em alguns jogos desta 2.ª fase com vários atletas juvenis, preparando a próxima época - acabou o campeonato no 2.º lugar, com menos um ponto que o Fátima.

terça-feira, 9 de junho de 2009

O célebre acórdão

A 21 de Abril, o Conselho de Justiça da FPF produziu um acórdão (ver aqui) que ficará para a história. Em suma, decidiu não punir a Naval por atraso no início do jogo da última jornada da 1.ª fase do campeonato.
Agora que o campeonato chega ao fim, aqui ficam algumas considerações ao documento.


AS CONTAS DO VIDEO
O Conselho de Justiça (CJ) dá como provado que «a equipa da Naval chegou ao estádio às 14h00, sendo que os jogadores efectuaram o aquecimento do qual regressaram ao balneário por volta das 14h40».
E continua, mais adiante: «Ao chegarem do aquecimento os atletas, os responsáveis pela exibição do vídeo, constataram que no balneário disponibilizado à equipa da Naval, não existiam tomadas que permitissem ligar o portátil e o projector de forma a exibirem o vídeo em causa, incentivador dos atletas que iriam jogar».
Depois, o CJ dá como provado que foi pedida uma extensão a um funcionário do complexo desportivo, «extensão essa que demorou cerca de 10 minutos a ser procurada e cedida».
E lodo a seguir: «Foi exibido então o vídeo em causa, o qual comportava a duração de 5 minutos e 23 segundos, sendo que os atletas, mal acabaram de vê-lo dirigiram-se para a entrada do balneário, fazendo a sua apresentação nas condições de tempo mencionadas»; ou seja, às 14h59.

COMENTÁRIO - A qualidade linguística do texto do CJ deixa a desejar. Mas percebe-se. Vamos então às contas. A equipa regressou do aquecimento às 14h40. A extensão demorou 10 minutos a chegar. Eram, portanto, 14h50. O vídeo tinha 5 minutos e 23 segundos de duração. Que horas seriam quando acabou a exibição do vídeo? 14h55 mais 23 segundos. Aceitemos que seriam 14h56. Porque é que a equipa, que mal acabou de ver o vídeo se dirigiu para a entrada do balneário, só apareceu às 14h59?
Outro aspecto. Quando a Naval chegou ao estádio, às 14h00, os responsáveis pela exibição do vídeo já sabiam da sua existência. Portanto, o normal era que procurassem, logo nessa altura, verificar se existiriam as condições necessárias e – logicamente – ligar o portátil, ligar o referido projector, mais as ligações necessárias entre eles. Se não o fizeram, negligenciaram o assunto. Ou será que o vídeo (mais o portátil e o projector) também foram fazer o aquecimento e só regressaram aos balneários às 14h40? Parece que sim. Só assim é que se percebe que apenas então se tenham deparado com o problema.


ENTRADA EM CAMPO

O CJ também deu deu como provado que «logo após a equipa da Naval ter comparecido [junto do árbitro], tiveram lugar os procedimentos habituais, tais como verificação das equipas, identificação dos jogadores, percurso para o campo numa distância de cerca de 150 metros, alinhamento e cumprimentos entre as equipas e escolha do campo».

COMENTÁRIO - Quem verificou a distância dos balneários ao campo? 150 metros?! Ou seja, a distância dos balneários ao campo seria superior ao tamanho do próprio campo! Muito superior, já que o campo tem cerca de 100 metros de comprimento!!!
Para que quem lê este texto possa comprovar a distância dos balneários ao campo, nada melhor do que... duas fotos.

A tal distância de 150 metros. Só pode ser brincadeira...


OS “TAIS” DOIS MINUTOS
Considera depois o CJ que «a apresentação tardia da equipa junto do árbitro, traduzida em apenas 2 minutos, ficou a dever-se à exibição com algum atraso do vídeo».

COMENTÁRIO - Não percebo. Dois minutos??? A Naval chegou junto do árbitro com dois minutos de atraso mas para entrar em campo. Desconhece o CJ que a identificação dos jogadores é realizada em momento anterior? Sabe o CJ quanto tempo a leva a identificar 18 atletas, um a um, confrontando os rostos com as fotografias das “licenças” emitidas pela FPF e com o número das camisolas? Desconhece o CJ que os árbitros não levam os “dossiers” das equipas para dentro do campo e que, portanto, depois deste procedimento, têm de voltar ao balneário para depositar os cartões?
A situação é tão mais estranha que o próprio CJ afirma, logo no parágrafo imediatamente a seguir, que «as equipas deverão estar junto da equipa de arbitragem, preparadas para entrar no recinto de jogo, 3 minutos antes da hora prevista para o seu início»! Ou seja: se têm de estar preparadas para entrar em campo é porque a identificação dos jogadores foi feita em momento anterior.

CASO CONCRETO – Logo depois desta decisão do CJ, o Vigor apresentou-se ao árbitro do Caldas-Vigor três minutos antes da hora marcada para o início do jogo. Consequência: foi multado em 125 euros. Afinal qual é a lei que vigora nas provas da FPF?


ARGUMENTAÇÃO INCOMPREENSÍVEL
Refere depois o CJ o seguinte: «Sem dúvida que jogadores e dirigentes tinham conhecimento de que o jogo estava marcado para as 15h00, deixando de cumprir a obrigação da equipa comparecer junto da equipa de arbitragem três minutos antes, tendo-o feito apenas um minuto antes. Logo um atraso de escassos dois minutos! Mas será que tal foi decisivo para que o jogo só começasse 10 minutos mais tarde, ou seja, às 15h10? A resposta só pode ser negativa, sendo que o atraso de 8 minutos não pode ser imputado à Naval, o que é óbvio (...)».

COMENTÁRIO - Pela lógica do CJ teremos de concluir que todos os jogos disputados naquele estádio começam sempre depois da hora marcada. E descontando os “2 minutos de atraso” da Naval, todos os jogos ali disputados começarão sempre com, pelo menos, 8 minutos de atraso. Terá o CJ consultado o “histórico” desta época, pelo menos, para verificar se o raciocínio está correcto? Eu, por observação directa, posso afirmar que os dois jogos que o Vigor disputou naquele estádio começaram à hora marcada. Mais: no último deles, o árbitro até teve de esperar pela hora certa para dar início ao jogo. E publico uma foto a provar o que escrevo.

Árbitro e equipas aguardam para iniciar o jogo à hora estipulada

Não deixa de ser sintomático que o CJ, sempre que se refere ao atraso da Naval, utilize expressões como «apenas 2 minutos» e «escassos 2 minutos». Vamos ser claros: dois minutos de atraso em três minutos é um atraso de 66,6%! A linguagem dos números é esclarecedora.


A “PEDAGOGIA” do CJ
Escrevem os membros do CJ: «A título de comentário, e longe de nós qualquer juízo crítico e muito menos de censura, não nos dispensamos porém de assinalar que a condenação proferida, nos termos em que o foi, traria efeitos desastrosos e imprevisíveis para alguns, pelo menos, dos atletas, afastando-os da prática desportiva por longo tempo, com consequências sem dúvida traumatizantes, abrindo-se as portas para atitudes comportamentais eventualmente desviantes. Não podemos deixar de ter presentes os tempos difíceis que se deparam hoje aos nossos jovens. Para alem de atitudes repressivas, lançando mãos de fórmulas rígidas na interpretação e aplicação da lei, sem a postergar nunca, impõe-se sobretudo, na medida do possível, uma acção pedagógica, com vista à boa formação e preparação desportiva dos nossos jovens

COMENTÁRIO – Volto a não perceber. Porque é que os atletas seriam afastados «da prática desportiva por longo tempo»? Em que é que os membros do CJ estariam a pensar? Não consigo entender. E porque é se abririam «as portas para atitudes comportamentais eventualmente desviantes»? Em que é que os membros do CJ estariam a pensar? Não consigo entender.

Mas falemos de Pedagogia, já que o CJ defende «uma acção pedagógica, com vista à boa formação e preparação desportiva dos nossos jovens».
Começo por uma dúvida: «Nossos jovens» de quem? Os meus filhos não serão certamente, porque na minha família seguimos regras diferentes. Defendemos a liberdade com responsabilidade, o assumir pessoal das atitudes, dizemos não ao relativismo moral e comportamental, damos valor ao cumprimento rigoroso das regras (mesmo nas relações pais-filhos e filhos-pais) como chave para uma vida de sucesso.
[Deixo um “exemplo futebolístico: o meu filho joga futebol há 12 anos e nunca faltou a um treino para ir ver jogar, à mesma hora, a Académica, de que ele gosta muito e da qual é sócio e membro da claque. Mesmo que o adversário fosse Benfica, FC Porto ou Sporting. Sempre lhe disse que, primeiro, está o cumprimento do compromisso que assumiu com o grupo de que faz parte e só depois o prazer de assistir a um “jogo grande”. E ele sempre aceitou – e compreendeu - a decisão (quando era criança) ou opinião (quando já mais adulto). Penso que este é o caminho para educar com responsabilidade. Eu sei que custa. Mas... não há outro.]

Por outro lado, pensou o CJ nos jovens (in)directamente afectados pelo acórdão? Pensou nos jovens do Loures e do Vigor, que viram “morrer um sonho”, ou os princípios enunciados só valem para os jovens da Naval? Não acredito.

Em suma, o que sucedeu foi o seguinte: a Naval cometeu uma irregularidade e não foi punida. Está provado o atraso. Está provado que não houve castigo.
É assim que ensinaremos os jovens a cumprir as regras sociais? É que o futebol, como costumo dizer, mais do que o “chuto na bola” é sobretudo uma “escola para a vida”. O futebol e todas as outras modalidades.

Não discuto a argumentação jurídica presente no acórdão do CJ. Faltam-me conhecimentos para tal. Mas discuto os conceitos pedagógicos. E com total à-vontade: sou diplomado por uma escola de formação de professores (onde tive disciplinas como Pedagogia e Psicologia), assisti a três sessões da Academia Olímpica Internacional, em Olímpia (Grécia) – uma das quais para educadores - e frequentei durante meses o único Curso de Auditores de Informação Desportiva até hoje realizado em Portugal, onde tive como professores os mais conceituados mestres portugueses em Psicologia do Desporto, Sociologia do Desporto e Filosofia da Desporto.
Não tenho dúvidas em afirmar que, numa perspectiva pedagógica, os princípios defendidos na parte final do acórdão estão errados. E que se a sociedade se organizasse segundo aqueles princípios seria uma calamidade. O descalabro.


O QUE FALTA NO ACÓRDÃO
Na minha perspectiva, o que o CJ deveria ter feito era precisamente o contrário: em vez de ilibar/“justificar” a infracção cometida, propor a alteração de um Regulamento Disciplinar pensado essencialmente para as competições seniores e que é ridiculamente penalizador para competições de jovens.
Penso que o castigo aplicado pelo Conselho de Disciplina (e que o Conselho de Justiça anulou) é excessivamente duro. Brutal. Mas é o castigo que consta do Regulamento. O Conselho de Disciplina limitou-se (e bem) a aplicar a lei em vigor. Apenas isso, nada mais do que isso. Logo, o que há a fazer é alterar o regulamento, mas o CJ não escreve nem uma palavra sobre o assunto. E é pena que não o tenha feito, porque certamente o futuro trará situações semelhantes.


QUESTÕES ACESSÓRIAS
1. A Naval argumentou com os «seus quase 116 anos» de existência mas não disse ser o único clube do campeonato (e o único com a equipa sénior na 1.ª divisão nacional) a utilizar um campo em terra batida! Todos os outros clubes utilizaram campos relvados.
2. Continuo a não perceber a razão de ser da existência do vídeo. O Rio Maior era o penúltimo do campeonato, a Naval já vencera na Figueira da Foz por 3-0 e acabou por vencer na 2.ª volta por 8-1. Ainda se fosse a final do campeonato...
3. Tenho para mim que a Naval não era a melhor equipa do campeonato mas era a que tinha o melhor conjunto de jogadores, alguns dos quais dá gosto ver jogar.
4. Realço o comportamento do Loures e do Vigor que, chamados ao processo, optaram por não se pronunciar.
5. Lamento que este “caso”, do qual só a Naval teve culpa, tenha provocado uma interrupção de dois meses no campeonato. Uma interrupção anti-futebol.
6. Se, conforme refere o CJ, as equipas devem apresentar-se ao árbitro 3 minutos antes da hora de início do jogo, qual a razão para o Vigor ter sido multado em 125 euros por se ter apresentado ao árbitro do Caldas-Vigor 3 minutos antes do início do jogo?
7. Assim, a Naval, que se apresentou um minuto antes da hora de início do jogo (numa das últimas três jornadas do campeonato, situação que o Regulamento Disciplinar pune com dureza), não foi alvo de qualquer punição. O Vigor, que se apresentou à hora (alegadamente) definida pelo regulamento, foi multado!!!
8. Este “caso” motivou que os responsáveis do Vigor, aquando da deslocação a Rio Maior, se tenham prevenido (como se vê nas fotografias) com... uma extensão. Ainda não é proibido sorrir.

A extensão ao pescoço do dirigente e em cima do saco dos equipamentos

9. Esta situação acaba por se reflectir nos próprios jovens da Naval. A maior vitória em Desporto é conquistar o respeito dos adversários. Não creio que este “caso” os tenha ajudado a consegui-lo.
10. No meu caso concreto, lembro-me da conversa que tive com a minha mulher há mais de 10 anos, quando o nosso filho começou a jogar futebol. «Temos de estar atentos. Não podemos permitir que o futebol o deseduque.» Tentámos estar atentos todos estes anos. Ainda agora. [Ele deve jogar amanhã o último jogo da sua “carreira futebolística”. Espero que não veja o cartão vermelho, como nunca o viu até hoje. Porque esse é um dos títulos mais saborosos que ele me pode dar.]

domingo, 7 de junho de 2009

Vigor: campeão da disciplina

O Vigor é, neste momento, o campeão da disciplina - um título que, nos escalões jovens, é tão ou mais importante do que qualquer outro.
Parabéns, equipa!

A classificação (por número de expulsões) está assim ordenada:
1.º Vigor - 3
2.º Alverca - 3
3.º Fátima - 4
4.º Portomosense - 4
5.º Caldas - 4
6.º Marinhense - 4
7.º Loures - 5
8.º Benfica de Castelo Branco - 5
9.º Naval - 6
10.º Lousanense - 6
11.º Odivelas - 7
12.º Rio Maior - 15

NOTA: O Alverca tem menos um jogo disputado do que o Vigor.

As expulsões (directas ou por duplo "amarelo" num mesmo jogo) são as únicas infracções que se traduzem por castigos disciplinares.

As três expulsões do Vigor foram as seguintes: Mikael (nas Caldas da Rainha, a 8 de Novembro, por duplo amarelo), Kiko (em casa, frente ao Fátima a 15 de Novembro, por duplo amarelo) e Nuno Teles (em Rio Maior, a 16 de Maio, expulsão directa, por suposta agressão). Mikael e Kiko foram castigados com um jogo de suspensão e Nuno Teles com dois.

NOTA: Falta contabilizar eventuais castigos das jornadas disputadas a 6 e 10 de Junho.

sábado, 6 de junho de 2009

Resultados e classificação

(clique na imagem para ampliar)

Face a estes resultados, a última jornada (na próxima quarta-feira, dia 10) vai ser "dramática", já que quatro equipas estão em risco de descer!

Com efeito, neste momento já foram despromovidas aos campeonatos distritais três equipas: Lousanense, Marinhense e Rio Maior.
A outra equipa que irá descer será uma destas quatro: Fátima, Portomosense, Benfica de Castelo Branco ou Caldas. Para elas, a época será decidida em 90 minutos.

O Vigor lidera a classificação e é uma equipa tranquila, após a melhor época de sempre no Campeonato Nacional de Juniores da II Divisão. Depois do 5.º lugar na 1.ª fase (em igualdade pontual com o 4.º classificado e a um escasso ponto de distância do 3.º), a minha equipa está a um passo de assegurar a vitória nesta 2.ª fase do campeonato.
O Benfica de Castelo Branco, no entanto, não irá ser "pêra doce". Na 1.ª fase do campeonato empatou em Fala e, agora, está a fazer uma 2.ª fase brilhante (5 vitórias e apenas 1 derrota, com o Fátima). Bom jogo em perspectiva, no dia do "adeus" dos juniores de 2.º ano.

Os jogos da última jornada são os seguintes: Vigor-Benfica de Castelo Branco, Portomosense-Fátima, Rio Maior-Caldas e Marinhense-Lousanense.

Realce-se que esta série C foi muito equilibrada e de grande qualidade: três equipas subiram à I Divisão (Odivelas, Alverca e Naval).
O campeonato ficou marcado pela vergonhosa paragem de dois meses e pela decisão do Conselho de Justiça da FPF que "limpou" uma irregularidade cometida pela Naval.

Na outra série com equipas do distrito, a "B", o União de Coimbra assegurou a manutenção e o Tourizense (onde parece ter havido uma "revolução" por alturas do Natal) foi despromovido ao campeonato distrital.

ADITAMENTO
Correcção efectuada às 0h42 após comentário de leitor.

Derrota em Fátima

A minha equipa perdeu hoje em Fátima por 4-1 (1-0 ao intervalo).
Pela primeira vez esta época, não há fotos do desafio. Por isso, publicam-se outras informações.

O Vigor alinhou da seguinte forma: Beto; Tiago Almeida (cap.), Tiago Filipe*, João Mendes* e Peres*; Renato, João Costa, Apóstolo e Mikael; Nuno Teles e Redondo*.
Subistituições: Renato por Rafa (60 min.), Redondo por Flávio (60 min) e Tiago Filipe por Breda (75 min.).
Suplentes não utilizados: Reis*, Barreto e Telmo*.
(NOTA: Os jogadores assinalados com asterisco são juvenis.)

Marcha do marcador: 1-0 aos 44 minutos, 2-0 aos 60 min., 3-0 aos 85 min., 4-0 aos 87 min. e 4-1 aos 89 min., por Nuno Teles.

O jogo foi marcado (algo estranhamente) para as 16h00. O Fátima só soube do facto quando o Vigor chegou ao campo, às 14h55. «Vocês vêm muito cedo!», disse um director do Fátima. «Vimos uma hora antes, como é habitual», respondeu um dirigente da minha equipa. E mostrou a "lista de jogos" copiada do "site" da FPF... A partir daí foi um corre-corre para chamar os jogadores do Fátima.

Destaque-se o grande número de jogadores juvenis utilizados pelo Vigor, que já se encontra a preparar a próxima época.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Fotos do jogo com o Portomosense

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(1.º golo - foto 1)

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(1.º golo - foto 2)

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(1.º golo - foto 3)

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(1.º golo - foto 4)

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(1.º golo - foto 5)

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(1.º golo - foto 6)

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(1.º golo - foto 7)

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(2.º golo)

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