A minha equipa sofreu hoje pesada derrota, em Fala, por 6-2, frente ao Alverca. Ao intervalo, os visitantes venciam por 2-1.
A descrição do jogo pode ser feita de vários modos.
1
A minha equipa marcou a abrir e a fechar o jogo, mas pelo meio sofreu seis golos do Alverca.
2
A minha equipa marcou dois golos, ofereceu outros dois, o árbitro ofereceu outro e o Alverca marcou três.
3.
Num jogo de gritos (os jogadores do Alverca não pararam de gritar...), com a pior arbitragem desta época, o Vigor foi incapaz de aguentar o corpo-a-corpo com o Alverca e sofreu copiosa derrota.
4.
Depois de na 1.ª volta ter ido vencer a Alverca por 2-1, a minha equipa perdeu hoje em casa por 6-2, confirmando assim que se sente melhor em terrenos alheios.
Agora, mais formalmente...
O jogo começou com uma grande oportunidade de golo, desperdiçada pela minha equipa. Aos 8 minutos, uma bola perdida na pequena área ficou à frente de um jogador do Vigor que não foi rápido a rematar.
No minuto seguinte, porém, Flávio captou a bola à entrada do meio-campo do Alverca, correu para a baliza, aguentou a tentativa de desarme do adversário e marcou um bonito golo.
A minha equipa jogava de igual para igual.
Aos 14, ganha um livre a meio-campo e tenta marcá-lo rapidamente. A bola é interceptada por um contrário e na sequência do lance surge um pontapé de canto em que a bola cruza toda a baliza e... 1-1.
O equilíbrio era a nota dominante. E o Alverca (que na próxima época terá certamente uma grande equipa sénior...) não hesitava em recorrer ao anti-jogo sempre que os adversários tentavam iniciar jogadas de ataque.
Equipa matreira, futebolisticamente adulta (no mau sentido), a que ontem visitou Fala.
Por esta altura do jogo começou a notar-se que o árbitro não era "grande espingarda". Na dúvida, marcava sistematicamente contra o Vigor. Nos lances de choque, entre os corpulentos do Alverca e os franzinos do Vigor, assinalava sempre contra a minha equipa.
Apenas um exemplo da falta de categoria do árbitro: Breda prepara-se para receber a bola no peito, de costas para a baliza, junto à área e é carregado pelas costas. Carregado não, projectado! O "homem do apito" nada assinalou!
A quatro minutos do intervalo, noutro rápido contra-ataque, o Alverca chegou à vantagem.
Mas o resultado continuava em aberto quando as equipas regressaram aos balneários.
Tudo mudou nos primeiros cinco minutos da 2.ª parte.
Logo a começar, o Vigor falha um golo certo, num remate frouxo, já na área, frente ao guarda-redes forasteiro.
Depois, uma descoordenação entre um defensor e o guarda-redes da minha equipa dá o 3.º golo aos visitantes, que só não foi auto-golo porque um jogador do Alverca ainda tocou a bola em cima da linha de baliza.
Dois minutos depois, a equipa de arbitragem decide "participar" no resultado. Um jogador da minha equipa joga a bola em cima da linha lateral, mesmo bem em cima, numa saída para o ataque. O fiscal-de-linha decide assinalar "bola fora", o arremesso é feito rapidamente e um jogador do Alverca, quase sem saber como, chuta com a canela, a bola faz um efeito caprichoso e entra na baliza.
A perder por 4-1, no início da 2.ª parte, a minha equipa sentiu que o jogo estava definitivamente perdido. Continuou a lutar, mas sem grande clarividência. E em dois rápidos contra-ataques o Alverca chegou ao 6-1.
No "período de compensações", na marcação de um livre na meia-esquerda, Barreto assinou o golo da tarde, com um pontapé cruzado, forte, a fazer a bola entrar junto ao ângulo superior. Golaço!
A gorda vitória do Alverca não acalmou os ânimos de alguns adeptos forasteiros. Um deles, no final do jogo, manifestou bem alto a sua discordância com a equipa técnica junto ao túnel de acesso aos balneários. "Espectáculo"!
(Recorde-se que, na 1.ª volta, houve pancadaria nas bancadas, entre adeptos do Alverca, tendo sido necessário mandar chamar um grande reforço policial! A reportagem foi aqui publicada.)
Quanto ao árbitro, é para já o grande candidato ao título de "pior do campeonato". Sem categoria.
sábado, 20 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Lembrar o treinador Callichio
O jogo em Castelo Branco foi disputado sob um vento intenso, numa tarde gélida.
Na 1.ª parte o Vigor jogou a favor do vento e conseguiu marcar um golo.
Ao intervalo, comentava-se que a 2.ª parte iria ser muito difícil para o Vigor, já que o Benfica de Castelo Branco iria tentar o empate e, a favor do vento, abusar dos passes longos e dos remates de longe.
Lembrei-me, então, de uma vitória do U. Coimbra, no Estádio da Tapadinha (Lisboa), numa final do Campeonato Nacional da III Divisão.
O U. Coimbra chegou à vitória na 2.ª parte, a jogar contra o vento. No final do jogo, "provoquei" o treinador unionista, Juan Callichio, dizendo-lhe que tinha tido muita sorte por ganhar o jogo naquelas condições.
A resposta da "velha raposa" foi esclarecedora: «Amigo, as boas equipas jogam sempre melhor contra o vento!».
Eu, jovem jornalista a iniciar-me nas lides, fiquei com esta máxima guardada na memória até hoje.
No sábado passado, em Castelo Branco, quando se faziam prognósticos sobre a 2.ª parte, recordei aos companheiros de viagem o episódio vivido com Callichio há uns 35 anos.
Eles olharam para mim com ar de quem não acreditava muito nas palavras do saudoso treinador argentino. Não ficaram convencidos.
Por isso, quando o jogo acabou (depois do Vigor ter marcado três golos na 2.ª parte, a jogar contra o forte vento), não fui capaz de evitar a pergunta:
– Então quem é que percebe de futebol, quem é?...
Na 1.ª parte o Vigor jogou a favor do vento e conseguiu marcar um golo.
Ao intervalo, comentava-se que a 2.ª parte iria ser muito difícil para o Vigor, já que o Benfica de Castelo Branco iria tentar o empate e, a favor do vento, abusar dos passes longos e dos remates de longe.
Lembrei-me, então, de uma vitória do U. Coimbra, no Estádio da Tapadinha (Lisboa), numa final do Campeonato Nacional da III Divisão.
O U. Coimbra chegou à vitória na 2.ª parte, a jogar contra o vento. No final do jogo, "provoquei" o treinador unionista, Juan Callichio, dizendo-lhe que tinha tido muita sorte por ganhar o jogo naquelas condições.
A resposta da "velha raposa" foi esclarecedora: «Amigo, as boas equipas jogam sempre melhor contra o vento!».
Eu, jovem jornalista a iniciar-me nas lides, fiquei com esta máxima guardada na memória até hoje.
No sábado passado, em Castelo Branco, quando se faziam prognósticos sobre a 2.ª parte, recordei aos companheiros de viagem o episódio vivido com Callichio há uns 35 anos.
Eles olharam para mim com ar de quem não acreditava muito nas palavras do saudoso treinador argentino. Não ficaram convencidos.
Por isso, quando o jogo acabou (depois do Vigor ter marcado três golos na 2.ª parte, a jogar contra o forte vento), não fui capaz de evitar a pergunta:
– Então quem é que percebe de futebol, quem é?...
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