sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Alverca: jogo e casos

DENTRO DAS QUATRO LINHAS
O jogo é fácil de descrever.
Numa tarde muito quente (30 graus), a 1.ª parte teve algum domínio do Alverca, com o Vigor recuado, a defender-se bem e a tentar o contra-ataque.
Depois do intervalo, tudo mudou.
A minha equipa mostrou estar muito bem fisicamente e foi "para cima" do adversário.
Com o jogo controlado, o 1.º golo surgiu naturalmente, num cabeceamento espectacular de Girão, desmarcado, frente ao desamparado guarda-redes adversário.
Pouco depois, porém, a defesa do Vigor decidiu oferecer um "brinde" ao Alverca e os locais aproveitaram, restabelecendo o empate.
Mas como "amor com amor se paga", no minuto imediato foi a vez da defesa do Alverca "oferecer" o 2.º golo à minha equipa. Kevin, muito oportuno, não desperdiçou.
Estava escrita a vitória.
O Alverca tentou um último esforço, sobretudo nos quatro minutos de "tempo-extra", mas sem grande perigo para a baliza do Vigor.
Entretanto, as atenções voltaram-se para a bancada central e para... a PSP.

FORA DAS QUATRO LINHAS
O jogo aproximava-se do fim.
Na bancada central, reservada aos sócios do Alverca, há uma cena de pancadaria, com muita algazarra e alguns gritos.
Vejo um homem de meia idade "descer" de costas três ou quatro filas de cadeiras.
A meu lado, alguém – que via tanto como eu – não tem dúvidas: «A culpa é do treinador. Só jogam os filhos de alguns...».
Não sei se foi esse o motivo (ou não) da cena de pancadaria entre familiares de jogadores do Alverca.
Num ápice, jogo interrompido por lesão, ouvem-se sirenes de carros da polícia e uma dezena de agentes entram em grande correria nas bancadas e na pista do estádio.
Um jogador do Alverca (filho de um dos envolvidos na pancadaria) sai do campo, passa o portão da vedação e sobe as bancadas. É agarrado por agentes da PSP e outras pessoas.
A confusão continua na bancada, o jogador regressa ao relvado e vê o cartão amarelo.
Já se tinham escoado os quatro minutos de descontos. Mas ainda só tinha sido jogado um.
O árbitro prossegue o encontro, que parece nunca mais acabar.
Aproxima-se uma trovoada valente. Vêem-se raios a cair no horizonte. A tarde continua quente, abafada.
A PSP começa a identificar os envolvidos na cena de pancadaria.
O árbitro, finalmente, termina o jogo. O Vigor vence por 2-1, os jogadores abraçam-se.
O jovem jogador do Alverca tenta voltar às banacadas, mas é impedido por colegas, dirigentes e agentes da PSP.
Os jogadores da minha equipa agradecem o apoio dos familiares que se deslocaram a Alverca. E abandonam o relvado a olhar, intrigados, para a "confusão" nas bancadas.
Felizmente, o Alverca não deixa os não-sócios entrar para a bancada central. Eu fiquei atrás de uma baliza, lá no alto (as fotos, por isso, ainda são piores do que habitualmente...).
Fiquei longe do jogo, mas também da confusão. Felizmente.

Foto 84
A bancada central é reservada para os sócios do Alverca

Foto 85
O meu ângulo de visão no estádio

Foto 86
O jogador do Alverca tenta regressar às bancadas para defender o familiar envolvido nos incidentes

Foto 87
Os intervenientes nos desacatos são levados pela PSP para identificação (na foto vêem-se, pelo menos, oito agentes da PSP, que chegaram ao estádio num ápice!)

Foto 88
O final do jogo com muitos agentes da PSP em acção

Foto 89
Os jogadores do Vigor tentam perceber o que se passa

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